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Em MT, fazenda segue ao pé da letra o conceito de produção sustentável

Propriedade gera empregos, produz renda e preserva o meio ambiente Área é destinada à preservação da mata nativa e ao reflorestamento


Publicado em: 27/11/2014 às 16:50hs

Em MT, fazenda segue ao pé da letra o conceito de produção sustentável

Para qualquer lado que se olhe, o cenário é parecido: campos abertos e futuras lavouras. Só de soja são mais de 580 mil hectares, que fazem de Sorriso, em Mato Grosso, o maior produtor do grão no mundo.

É neste celeiro que fica a fazenda Santa Maria da Amazônia, propriedade bem estruturada com escritório, barracão de insumos, algodoeira própria e um vasto maquinário. Da área total de quase 13,3 mil hectares, 7 mil são destinados à produção agrícola, agora focada no plantio de soja.

Outros 900 hectares concentram áreas de pasto permanente e todo o restante é de mata nativa. São mais de 5,3 mil hectares preservados e ainda assim a fazenda é rentável.

É preciso eficiência até nos detalhes. O agrônomo Laércio Claus acompanha o cultivo da soja com todo o planejamento da safra nas mãos, um roteiro com papel importante nos rendimentos.

A soja é o carro-chefe dos negócios, mas é a busca constante pela exploração máxima do potencial do solo que faz a grande diferença nos resultados. Isso acontece safra após safra e quando as lavouras atuais forem colhidas, por exemplo, a área vai receber sementes de feijão, algodão e milho na safrinha.

A fazenda também aposta na integração entre lavoura e pecuária e parte da área de soja vira pasto após a colheita. Dividido em lotes, o rebanho é manejado em sistema de rotação, garantindo melhor aproveitamento da pastagem. Os bons resultados comprovam que produção e preservação podem, sim andar lado a lado.

Um terreno da fazenda comprova a transformação local. Hoje existem muitas árvores e o motivo é uma nascente, que está bastante protegida.

A água voltou a brotar em todas as 14 nascentes da fazenda, uma evolução que está sendo passada adiante. A área ao redor da principal lagoa da propriedade foi cercada e reflorestada, são 5 hectares, que receberam 5 mil mudas de espécies nativas. “Tudo isso é possível quando a atividade é rentável e é bem feita tecnicamente e diversificada. É complexo, não é fácil, mas é o caminho”, diz o agricultor Júnior Ferrarim.

 

Fonte: Globo Rural

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