Análise de Mercado

Desempenho externo das carnes na 2ª semana de julho

Tradicionalmente, a receita cambial das carnes exportadas sofre diluição à medida que o mês avança. Ou seja: geralmente a receita mais alta é registrada na semana inicial do mês por (aparentemente) conter restos não contabilizados do mês anterior


Publicado em: 17/07/2018 às 11:30hs

Desempenho externo das carnes na 2ª semana de julho

Julho de 2018 está fugindo à regra. Pois a receita da segunda semana do mês (8 a 14, cinco dias úteis) superou em mais de 6% o resultado registrado na primeira semana (1 a 7, também cinco dias úteis). Com isso, a receita dos 10 primeiros dias úteis de julho (de um total de 22 dias úteis no mês) também aumentou, chegando – pela média diária – ao valor recorde de US$88,418 milhões.

Esse resultado vai deixando para trás o recorde de US$71,748 milhões, imbatível desde outubro de 2014. É também, 43% superior ao que foi registrado há um ano, em julho de 2017 (US$61,724 milhões), além de se colocar quase 150% acima do que foi alcançado há apenas um mês (US$35,573 milhões em junho passado).

Com tal desempenho só resta perguntar qual das três carnes vem contribuindo para o resultado obtido. A resposta: as três. Pois ainda que a carne bovina venha tendo um comportamento melhor (pela média diária, volume 46% maior que há um ano), as carnes suína e de frango seguem muito próximas, já que registram aumento de, respectivamente, 35% e 34% sobre julho de 2017.

Mais espetacular, porém, é o incremento em relação a junho passado, mês em que os embarques foram extremamente prejudicados pelo movimento dos caminhoneiros. Tanto que, à primeira vista, serão neutralizadas todas as perdas então enfrentadas, dado que o volume até aqui embarcado cresceu, pela média diária, 115% para a carne de frango, perto de 120% para a carne suína e mais de 180% para a carne bovina.

A partir desses resultados e feita uma projeção quanto às perspectivas de embarques totais no mês (22 dias úteis) chega-se a quase 70 mil toneladas de carne suína, mais de 160 mil toneladas de carne bovina e, praticamente, 500 mil toneladas de carne de frango – resultados que, diga-se de passagem, não foram alcançados nem mesmo nos melhores momentos das exportações de carnes. Portanto, acredite quem quiser nos números da SECEX.

Fonte: AviSite

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