Análise de Mercado

Desempenho do frango vivo em junho e no 1º semestre

Em junho, finalmente, o frango vivo saiu do vermelho


Publicado em: 01/07/2015 às 11:00hs

Desempenho do frango vivo em junho e no 1º semestre

Nos cinco meses anteriores operou quase continuamente com evolução de preços negativa em relação tanto ao mesmo mês do ano passado quanto em comparação ao mês imediatamente anterior. Mas fechou o semestre com chave de ouro, repetindo - por diferença mínima - o desempenho de um ano antes, já que obteve incremento de preço superior a 14% (em junho do ano passado, quase 15%).

Comparativamente ao mês anterior, maio de 2015, o índice de valorização também esteve bem acima do normal, alcançando 14%, resultado que não era observado desde o segundo semestre de 2013 quando, devido aos custos proibitivos das matérias-primas, houve compulsória redução da produção e o déficit na oferta valorizou fortemente o produto.

Frente a tais resultados, o desempenho de junho poderia ser considerado excepcional. Mas é absolutamente normal. Pois, simplesmente, ele apenas acompanha a tradicional curva sazonal de preços das carnes – aquela que demonstra que, após o fundo do poço em maio, há uma (quase contínua) retomada de preços a partir de junho. Neste caso, aliás, o índice de variação de maio para junho é altíssimo (+14%) porque as baixas do mês anterior foram anormais e não porque o posterior incremento de preços tenha sido exagerado.

Apesar, no entanto, dos ganhos recentes, os preços do frango vivo continuam refletindo o comportamento anômalo da economia brasileira. Pois completam o primeiro semestre de 2015 com o menor valor nominal médio dos últimos seis semestres, ou seja, desde o segundo semestre de 2012. E, comparativamente à média anual de 2014, o resultado do primeiro semestre deste ano é 3,78% inferior.

O segundo semestre, no entanto, é iniciado com expectativas bem melhores que as de um ano atrás quando, em pleno Campeonato Mundial de Futebol, o mercado apresentou comportamento pífio. Pois, hoje, prevalece clara sinalização de aumento das exportações do produto. E ainda que a economia interna continue combalida, o frango, mesmo em alta, permanece como principal opção do consumidor para enfrentar o elevado preço da carne bovina.

Nesse cenário, logo o preço médio do produto passará a apresentar variação positiva em relação a anos anteriores. Isto, em valores nominais. Porque, em valor real (isto é, considerada a inflação) continua difícil chegar ao justo preço.

Fonte: Avisite

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