Publicado em: 03/08/2018 às 11:30hs
O imbróglio dos últimos meses, provocado pela greve dos caminhoneiros, acabou tendo um impacto menos preocupante do que se esperava na distribuição. A pressão nos custos, porém, continua.
As entregas de adubo para os produtores, em junho, após a queda de 28% em maio, foram recordes. Já as importações de julho são as maiores, em dólares, desde o final de 2014, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Carlos Eduardo Florence, diretor-executivo da AMA (Associações dos Misturadores de Adubos do Brasil), diz que o setor esperava problemas maiores na distribuição de junho, o que não ocorreu. "Trabalhou-se com os estoques de fábrica e as empresas entregaram até mais do que em junho do ano passado."
A distribuição de junho foi recorde. Com isso, o acumulado do primeiro semestre deste ano somou 12,8 milhões de toneladas, próximo dos 13,1 milhões de igual período anterior.
Se o ritmo das entregas melhorou, o mesmo não aconteceu com os custos, que subiram, segundo Florence. As maiores dificuldades são com as entregas de longa distância.
O executivo da AMA afirma que não se sabe como as coisas vão ficar daqui para a frente, mas a indústria espera entregar pelo menos 34,4 milhões de toneladas de fertilizantes neste ano, volume igual ao de 2017.
As importações do ano passado atingiram 26,3 milhões de toneladas, 76% do total que foi distribuído pelas indústrias no período, conforme dados da Anda (Associação Nacional para a Difusão de Adubos).
Fonte: Folha de S. Paulo
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