Apicultura

Curso ensina a criação de abelhas sem ferrão em Mato Grosso do Sul

Capacitação será ministrada pelo Senar/MS em Dourados nesta semana


Publicado em: 18/09/2014 às 14:20hs

Curso ensina a criação de abelhas sem ferrão em Mato Grosso do Sul

A criação de abelhas sem ferrão difere da criação das africanizadas.

A criação de abelhas sem ferrão é tema de um curso que o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Mato Grosso do Sul (Senar/MS) promove em Dourados entre quarta e sexta-feira (de 17 a 19 de setembro).

Segundo o presidente da Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul (Feams) e instrutor do Senar/MS, Gustavo Nadeu Bijos, as abelhas sem ferrão podem ser criadas até em áreas urbanas, sem risco de acidentes.

A criação de abelhas sem ferrão difere da criação das africanizadas, que possuem ferrão. “Elas são criadas até mesmo em apartamentos e pessoas de todas as idades podem praticar essa atividade”, destaca Bijos.

Ele ressaltar que as colmeias são diferentes e que há medidas de acordo com cada espécie. O instrutor explica que as abelhas possuem o instrumento de defesa. “A diferença é que ele é atrofiado na maior parte das nativas brasileiras”.

Uma das vantagens da criação de abelhas sem ferrão é a contribuição que a espécie dá para a manutenção de plantas nativas. “A maior vantagem é porque elas polinizam plantas nativas brasileiras, gerando mais sementes viáveis e consequentemente novas plantas”, sustenta Bijos.

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Segundo o apicultor, se a espécie sem ferrão entrar em extinção, a flora pode ser prejudicada. “Se nossas abelhas nativas sumirem, várias espécies vegetais também correm o risco de desaparecer.”

A qualidade do mel também difere das africanizadas, já que possui cor clara e maior teor de água, entre 25% e 35%. “As abelhas sem ferrão produzem um mel único em sabor. Essa quantidade de água presente no mel contribui para um sabor menos enjoativo”, salienta o instrutor do Senar/MS, que fala ainda dos cuidados na manutenção do mel produzido. “Essas características fazem com que o mel seja mais perecível. Em seu estado natural, deve ser mantido sob refrigeração”, explica.

O investimento mínimo inicial vai de R$ 60 e pode chegar a R$ 400, dependendo do enxame. O apicultor ressalta que tudo depende da espécie e do tipo de produção. “O mel também é comercializado conforme a espécie. O quilo do produto varia entre R$ 80 e R$ 120”, assinala Bijos, ao afirmar que a maioria dos meliponicultores trabalha com a venda de enxames. Ele indica aos interessados em praticar a atividade definir a espécie a ser criada e conhecer seu manejo correto, o que pode ser feito por meio de capacitações.

 

Fonte: G1 Mato Grosso

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