Algodão

Cultura do algodão pode ser otimizada com a correta utilização de adubos, explica pesquisadora

Foram apresentadas técnicas e exemplos, em sistemas integrados, durante a TECNOSHOW COMIGO


Publicado em: 10/04/2018 às 15:10hs

Cultura do algodão pode ser otimizada com a correta utilização de adubos, explica pesquisadora

Cultura que vem crescendo no nível de interesse do produtor, o algodão e as formas de otimizar insumos para a produção foram destaques na tarde desta segunda-feira, dia 09 de abril, na programação da 17ª TECNOSHOW COMIGO. A engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Algodão, Ana Luiza Dias Borin, tratou da questão na palestra “É possível otimizar as adubações nos sistemas de produção do algodoeiro?”, dentro das atividades da Casa da Embrapa.

De acordo com Ana Luiza, com o atual uso da soja precoce, abriu-se uma janela de oportunidade para se semear algodão. E, nesse ponto, o algodão safrinha veio como possibilidade muito mais rentável, às vezes, do que o próprio milho. De acordo com ela, hoje, no Mato Grosso, por exemplo, 70% do algodão semeado é em segunda safra. “Se tornou uma realidade até para quem é produtor de algodão. Ele tem preferido usar a safrinha do que a safra convencional nas regiões que o clima permite”, avalia.

No entanto, a pesquisadora alerta que cerca de 25% do custo total de produção do algodão vem dos adubos, o que demanda melhores estratégias de como usar o recurso. “O algodoeiro é uma cultura muito exigente em nitrogênio, fósforo e potássio. Mas quando a gente faz um levantamento do uso de fertilizantes, vemos que o produtores não estão aplicando de acordo com exigência da cultura”, explica. Um exemplo é que, hoje, apesar de ser extremamente tecnificada, há produtores que utilizam em excesso o fósforo, que é o terceiro nutriente em nível de exigência. “É possível reduzir algumas doses ou até mesmo utilizar o algodoeiro como uma cultura chave para fertilizar o solo para outras culturas”, salienta.

Nesse ponto, ela destaca que é preciso conhecer muito bem a planta do ponto de exigência nutricional, a quantidade necessária e em que momento é mais crucial a entrada desse nutriente. A partir daí, ela exemplifica que há diversas situações que podem ser aproveitadas.

Ela conta que no Oeste da Bahia, por exemplo, os produtores fizeram uma adubação pesada do algodão e a soja que veio na sequência já não precisou ser adubada. “Eles trabalham toda a soja semeada na mesma linha de produção do algodão e não utilizam fertilizantes”. Em outros casos, há sistemas em que é possível entrar adubando uma cultura que antecede o algodão, como em áreas de integração lavoura-pecuária. “Muitas pessoas já usam adubação potássica por exemplo na braquiária antes do processo de dessecar e, no algodoeiro, só algumas coberturas pontuais.”

Fonte: Assessoria de Comunicação da COMIGO

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