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COTRIGUAÇU: Terminal ferroviário será inaugurado nesta quinta, em Cascavel

O movimento cooperativista que, a partir das décadas de 1960 e 1970, começou a transformar a realidade social e econômica do Oeste do Paraná, dá mais uma prova do quanto confia no processo de expansão de uma das regiões que mais crescem no País


Publicado em: 13/03/2013 às 09:30hs

COTRIGUAÇU: Terminal ferroviário será inaugurado nesta quinta, em Cascavel

Nesta quinta-feira (14/03), às 10h, o Conselho de Administração da Cotriguaçu Cooperativa Central inaugura, em Cascavel (PR), a primeira etapa de um dos maiores projetos brasileiros de recepção, armazenamento e transporte de cargas frigorificadas e contêineres. A estrutura vai compor um dos maiores terminais intermodais do Brasil, com nível de tecnologia, para uma obra do gênero, jamais visto no mercado nacional. A solenidade contará com a presença de vários líderes políticos e do agronegócio, entre eles, o governador Beto Richa. O Terminal Ferroviário da Cotriguaçu, projeto que tem suporte de quatro das principais cooperativas nacionais – Coopavel, C. Vale, Copacol e Lar –, donas da Cotriguaçu, vai se transformar em um marco histórico no contínuo processo de expansão do agronegócio regional.

Redução de custos - De acordo com o diretor-presidente da Cotriguaçu, Irineo da Costa Rodrigues, o complexo reduzirá custos com armazenamento e transporte elevando, consequentemente, a competitividade dos produtos do Oeste no concorrido mercado mundial. O empreendimento está em construção em uma área total de 170.000 m²,  junto à Ferroeste, na BR-277, km 574, saída para Curitiba. Conforme Irineo, a obra fará frente a uma carência de armazenagem que faz com que as cooperativas do Oeste enviem seus produtos a outras regiões ou os entregue a terceiros, o que eleva custos logísticos.

Vantagens - Entre as vantagens que o terminal trará, o presidente da Cotriguaçu destaca: redução do custo do transporte em comparação com o modal rodoviário, maior capacidade nas negociações do grupo, possibilidades de realização de contrato a preço fixo para o período anual, disponibilização de área pulmão para armazenagem de contêineres vazios e cheios, bem como câmara frigorífica para armazenagem do produto acabado.

Ferroeste - Irineo, que também é presidente da Lar de Medianeira, ressalta que a decisão pela implantação do complexo em Cascavel é uma aposta do setor cooperativista no futuro da Ferroeste. Com a concretização da nova linha ferroviária ligando Guarapuava a Paranaguá e logo após com a chegada da Ferrovia Norte Sul, que vai interligar a Ferroeste com Paranaguá e os demais estados da federação, a estrutura contribuirá para um enorme avanço socioeconômico ao Oeste e às regiões circunvizinhas.

Maior entroncamento - A previsão, segundo os investimentos anunciados pelo governo estadual e federal, é fazer de Cascavel o maior entroncamento rodoferroviário do Brasil, com projeção para movimentar anualmente cerca de 60 milhões de toneladas dos mais diversos produtos.

Porto - O Porto de Paranaguá, em 2012, movimentou 44 milhões de toneladas entre importações e exportações, sendo 14 milhões de exportações de grãos. Para este ano de 2013, está prevista a movimentação total de 48 milhões de toneladas, sendo 16 milhões de toneladas de grãos na exportação.

Atendimento - Além de atender as suas cooperativas filiadas, o Terminal da Cotriguaçu estará à disposição de empresas e frigoríficos de todo o País, atuando na recepção de produtos congelados (frango, suíno, bovino e outros), na armazenagem, monitoramento de contêineres frigorificados e embarque aos mercados interno e externo, em modais ferroviário e rodoviário.

Monitoramento - O complexo fará ainda o monitoramento com tomadas para caminhões no pátio de estacionamento e recebimento e embarque de contêineres de carga geral. A câmara frigorificada movimentará o equivalente a 22 mil toneladas de congelados por mês, aliviando um antigo gargalo de armazenamento das cooperativas filiadas, parceiros (Copagril e Frimesa) e outros frigoríficos.

Parceria Público-Privada - Não é de hoje que especialistas afirmam que uma das saídas para inserir o Brasil no mundo desenvolvido está nas PPPs, as parcerias público-privadas. Por meio delas, é possível ao País, que sofre há décadas com déficit em investimentos em infraestrutura e logística, recuperar anos perdidos e tornar seu sistema de escoamento de riquezas mais ágil e eficiente, reduzindo custos e tornando os produtos nacionais mais competitivos.

Exemplo - O Terminal Ferroviário da Cotriguaçu é um dos primeiros bons exemplos de uma PPP bem-sucedida no Paraná. Na parceria com as cooperativas associadas, o governo estadual entra com a concessão de uso por 50 anos de uma área, junto ao Terminal da Ferroeste, de 170 mil metros quadrados. A Cotriguaçu entra com o empreendimento que, pronto, chegará à cifra de R$ 200 milhões.

Compromisso -  Outro compromisso da PPP é de o Estado comprar novas locomotivas e as cooperativas, por sua vez, vão adquirir vagões. A Parceria Público-Privada contribuirá então para melhorar substancialmente os indicadores da Ferroeste, conforme o presidente da Cotriguaçu e da Lar de Medianeira, Irineo da Costa Rodrigues, ajudando a reduzir custos no transporte de riquezas principalmente ao Porto de Paranaguá.

R$ 200 milhões - A inauguração da primeira etapa do terminal, que vai gerar 90 empregos diretos e 280 indiretos, marcará também o lançamento da pedra fundamental para o início das obras do primeiro de três armazéns graneleiros com capacidade, cada um, para 120 mil toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) e do prédio que abrigará o Centro Administrativo da Cotriguaçu.

Área construída - A área construída da estrutura que será entregue nesta quinta-feira tem 15,8 mil metros quadrados e 21,8 mil metros quadrados de pavimentações. Até agora, a Cotriguaçu investiu R$ 40 milhões no projeto, que até o fim de suas etapas de estruturação exigirá soma global aproximada de R$ 200 milhões.

Estrutura - A estrutura que será entregue nesta primeira etapa do empreendimento da Cotriguaçu é formada por uma câmara frigorífica com capacidade para a armazenagem de dez mil toneladas de produtos congelados. Ela terá prateleiras móveis sob trilhos e será toda automatizada.

Projeto - O projeto inclui uma antecâmara composta por oito docas rodoviárias e três ferroviárias. O pátio terá condições de receber até 500 contêineres de uma única vez. Haverá 120 tomadas para contêineres frigorificados e os demais para contêineres vazios frigorificados ou de carga total.

Complexo - O complexo contará com empilhadeiras, caminhão com 5ª roda e carretas próprias para a movimentação de contêineres em pátio com tomadas frigorificadas, e pátio de caminhões com tomadas para 32 caminhões simultaneamente e balança rodoviária com 30 metros de comprimento.

Desvio - Para bem atender aos seus clientes, o Terminal da Cotriguaçu contará com um desvio ferroviário de 540 metros para o embarque de contêineres em plataformas e balança ferroviária.  Para o bem-estar dos condutores, a estrutura reservará também uma sala de descanso para motoristas, além de acesso marginal ao pátio do terminal.

Meio ambiente - Outra das preocupações das cooperativas integradas ao investimento no terminal é com a preservação do meio ambiente. Além de mais barato e de reduzir riscos de acidentes em estradas, já que caminhões passarão a circular em trajetos mais curtos, haverá ganhos com a redução da emissão de gás carbônico.

Benefícios ecológicos - Considerando que um trem traciona em média 50 vagões plataformas para contêiner com capacidade média de 26 toneladas cada um, o que equivale a 50 caminhões trafegando e emitindo gás carbônico e outros poluentes, o empreendimento trará enormes benefícios ecológicos.

Armazéns - Em função do tamanho da estrutura, o Terminal Ferroviário da Cotriguaçu será construído em etapas e ainda precisará de alguns anos para que opere com sua capacidade total. A próxima fase de obras prevê a implantação de mais uma câmara frigorífica com capacidade para dez mil toneladas.

Capacidade - O complexo de armazéns, um dos maiores do Brasil, terá capacidade para 360 mil toneladas e será construído em área de 133,3 mil metros quadrados. Serão três estruturas, cada uma para 120 mil toneladas, para armazenagem e expedição de soja, milho e farelo de soja.

Necessidade - Esse investimento, a propósito, vem ao encontro de uma urgente necessidade nacional, já que estudos comprovam que 22 dos 27 estados brasileiros têm sérios problemas para armazenar o que colhem. Atualmente, no Brasil, são 64 milhões de grãos que a cada safra não têm onde ser adequadamente armazenados. O Paraná colhe a cada ano em média 36,6 milhões de toneladas e tem, em seus armazéns, espaço suficiente para abrigar apenas 22,6 milhões de toneladas. O déficit no Estado chega a 14 milhões de toneladas.

Moegas - O projeto das quatro cooperativas filiadas à Cotriguaçu (Coopavel, C.Vale, Copacol e Lar), ainda contemplará um conjunto de quatro moegas rodoviárias com condições para receber 400 toneladas cada, dois silos metálicos com capacidade de recepção de cinco mil toneladas de trigo cada, moega ferroviária, sala de classificação, balanças rodoviárias e ferroviárias, desvios ferroviários e correias e tulhas de expedição, com fluxo de 500 toneladas cada.

Fonte: Assessoria de Imprensa Cotriguaçu

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