Logística e Transporte

COOPERATIVISMO: Operações de crédito para o ramo transporte são discutidas com o BB

O Banco do Brasil vai apresentar um portfólio de produtos e serviços que poderão contemplar as necessidades das cooperativas do ramo transporte


Publicado em: 01/09/2014 às 16:40hs

COOPERATIVISMO: Operações de crédito para o ramo transporte são discutidas com o BB

Será no dia 18 de setembro, no Fórum do Ramo Transporte que o Sistema Ocepar vai promover em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. Esse foi um dos resultados obtidos na reunião ocorrida na última quarta-feira (27/08), na sede da Coopercaf, em Cafelândia, na região oeste paranaense, com representantes do BB, da Ocepar e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e dirigentes das cooperativas do Paraná. Na oportunidade, foram discutidas as possibilidades de operações de crédito específicas para o ramo transporte.

Origem - O encontro foi um desdobramento de outra reunião ocorrida no dia 7 de julho, na sede da OCB, em Brasília (DF), quando foram apresentadas as demandas do segmento e feito um pedido para que os profissionais da instituição financeira fossem conhecer in loco as operações do cooperativismo de transporte e verificar quais documentos podem ser usados como comprovantes de renda e patrimônio nas negociações com o banco.

Apresentação - Em Cafelândia, o coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, João Gogola, apresentou as principais dificuldades enfrentadas pelas cooperativas de transporte na contratação de operações de crédito, seja para capital de giro, saneamento financeiro ou renovação de frota. Ele também discorreu sobre a metodologia de acompanhamento das cooperativas, instituída pelo programa de Autogestão, e produtos de interesse do setor, como seguro de bens, carga, ambiental, entre outros.

Coopercaf - O presidente da Coopercaf e coordenador estadual do ramo, Dorival Bartzike, e o contador da cooperativa, Marcélio Koeller, falaram sobre a história da Coopercaf, mostrando a evolução ocorrida nos últimos 16 anos. Eles também explicaram como é realizado o processo que envolve a contratação de serviço pelo embarcador, seleção da “placa” (associado) que fará o transporte até o repasse ao associado.

Mais - Na sequência, os presidentes das demais cooperativas de transporte também expuseram suas realidades, focando as atividades que desenvolvem, volumes, movimentação financeira e quadro social. Todos reforçaram a dificuldade que encontram no acesso a operações de crédito junto às instituições financeiras.

Interesse - De acordo com Alexis Polovanick, da gerência especializada em cooperativas do BB (Genec), há interesse do banco em desenvolver produtos e fomentar o movimento com as cooperativas do ramo transporte, destacando a própria criação da Genec, que está diretamente subordinada à vice-presidência do BB. Polavanick afirmou que há possibilidade de se criar uma “esteira” específica para as cooperativas do ramo, visando agilizar e atender de forma diferenciada os pleitos do transporte. Ele também ressaltou a importância de coletar subsídios em reuniões e visitas, como as ocorridas em Cafelândia, para poder municiar a diretoria do banco com documentos que facilitem a criação de produtos diferenciados.

BNDES – Polovanick também colocou o BB à disposição para realizar reunião em conjunto ramo tranporte 29 08-2014 (2)com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o propósito de agilizar a liberação de uso do Programa Procaminhoneiro para obtenção do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTTC), do tipo CTC, aos associados das cooperativas de transporte. A OCB se comprometeu em viabilizar o encontro, em Brasília.

Seguro – O representante do BB comunicou que já envolveu a seguradora do banco para que também possa ser criado um grupo de afinidade do ramo transporte e, por consequência, valores mais acessíveis na aquisição de seguros. Futuramente também deverá ser realizada uma reunião específica para “desenhar” um modelo que atenda às cooperativas de transporte por meio de apólice única. Após a definição de produtos, o BB pretende fazer um projeto-piloto em algumas cooperativas antes do lançamento em âmbito nacional.

Participantes – A reunião teve ainda a presença de mais representantes do Banco do Brasil, como Luiz H. Farias Marques, gerente da agência de Cafelândia, e Vitor Hugo Karklinz, da superintendência regional de Cascavel. Houve também a participação do analista técnico da OCB, Tiago Barros, e dos presidentes das cooperativas Cotroledo (Toledo), José Valdir Quessa, da Cootrelena (Santa Helena), Thomaz Delgado, da Cootramario (Mariópolis), Itelvino Macarini, membros Conselho de Administração e associados da Coopercaf.