No Congresso da Carne – Conferência das Américas, realizado em abril em Campo Grande (MS), foram apresentados relatórios das visitas feitas nos países envolvidos no Programa de Mercados Emergentes (EMP), desenvolvido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em parceria com a CRI Internacional.

Lá, estiveram presentes pecuaristas, donos de frigoríficos, membros de cooperativas e outros profissionais da Colômbia, Honduras e Nicarágua. Apresentaremos alguns pontos de vista que mostram como a pecuária é desenvolvida nesses três países, em comparação com a realidade brasileira.

Iniciamos a série com o depoimento de Juan Manuel Cerón, chefe de assistência técnica da Cooperativa Colanta, na Colômbia.

O Brasil tem um avanço importante na utilização de raças europeias sobre a base genética Nelore para melhorar a qualidade da carne. Isso está permitindo produzir carne mais eficientemente e comercializar carne com mercados internacionais.

Além disso, o que nos chama atenção é o encadeamento de produção. Os pecuaristas se especializam na criação e produção de animais de maior qualidade de carne e, na sequência a indústria é capaz de reconhecer o trabalho e pagar ao pecuarista por esses produtos de qualidade. Depois da indústria, há o consumidor que está diferenciando carnes boas, regulares e aquelas não tão boas, estando disposto a pagar mais ou menos de acordo com a qualidade.

Na Colômbia, temos o necessário para implementar programas e modelos semelhantes aos brasileiros, com muitos pecuaristas que querem desenvolver um trabalho diferenciado. Criamos a raça Brahman e não o Nelore, mas que também é apta para ser a base genética do cruzamento industrial. Temos o terceiro maior rebanho da América do Sul e muita terra disponível, com pastos durante todo o ano. O potencial é muito grande, embora faltem algumas mudanças para alcançar resultados igualmente exitosos aos brasileiros.

Dados sobre Colômbia

População: 47,7 milhões de habitantes
Área: 1.138.910 km2
Capital: Bogotá

2012: Inventário de gado: 22,6 milhões de cabeças

• 3% de produção de corte
• 45% com duas finalidades
• 3% de produção de leite
• O rebanho de gado registrado na Colômbia, pelo Segundo ano consecutivo, encolheu. A população de gado encolheu 1,7% em 2012 e 0,5% em 2011 e isso colocou o Rebanho nos patamares atuais.
• A taxa de exportação aumentou 3% nos últimos anos, passando de 16,4% em 2010 para 20,03% em 2012.
• O abate respondeu por uma dinâmica importante, passou de 4 milhões de cabeças em 2010 para 4,48 milhões de cabeças em 2012.