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Codapar cria programa para dominar um terço dos carregamentos

Empresa planeja dobrar desempenho ainda neste ano. Castrolanda também quer ingressar no negócio Espera dos navios graneleiros é maior e o preço dos navios de contêineres, mais barato


Publicado em: 22/04/2014 às 17:30hs

Codapar cria programa para dominar um terço dos carregamentos

Um projeto iniciado neste ano pela Companhia de Desenvolvimento Agro­­­pecuário do Paraná (Codapar) está carregando dez contêineres por dia em Cascavel (Oeste do estado). Nesse ritmo, devem ser estufados pelo menos 3,5 mil compartimentos em 12 meses.

“Queremos atingir 20 contêineres por dia nos próximos meses e começar a operar em Campo Largo e Ponta Grossa”, diz o gerente comercial e de novos negócios da empresa, Francisco Carlos Alves. Com isso, um terço dos carregamentos desse tipo realizados no estado ficarão nas mãos da empresa.

Na base

A economia que o transporte marítimo em contêineres representa para os exportadores de grãos atrai também a Castrolanda, com sede em Castro (Campos Gerais). “Estamos estruturando um projeto para começar a operar no próximo ano. Queremos agregar mais valor [à produção] do nosso associado”, adianta o coordenador de recepção e secagem de cereais da cooperativa, Alcebíades Alves da Cruz.

Outra vantagem do sistema, de acordo com o executivo de Castro, é que tornam-se mais viáveis contratos que envolvem volumes menores de grãos. Quem carrega um navio graneleiro precisa de contratos que somem perto de 50 mil toneladas. Os contêineres de 27 toneladas podem seguir viagem ao lado de mercadorias diversas.

A cooperativa ainda não tem informações sobre valores a serem investidos nem sobre o volume de grãos que deverá exportar em compartimentos fechados. Entre os clientes, no entanto, estão indústrias de tofu, que compram soja convencional e pagam mais que as cotações de mercado pela oleaginosa.

“A soja em contêiner possibilita negócios menores. São compradores pequenos que precisam de, por exemplo, 1 mil toneladas por mês, pois não têm local para armazenar mais que isso”, explica o diretor comercial do Porto de Itapoá (SC), Marcos Harwardt. O negócio da exportação de grãos passa a envolver outros agentes, acrescenta o gerente da Codapar, Francisco Carlos Alves. “Não fica restrito a grande traders.”

Fonte: Gazeta Do Povo

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