Publicado em: 27/05/2016 às 18:00hs
A semeadura começou a ser feita no final de janeiro e início de fevereiro, o que favoreceu o desenvolvimento das lavouras, uma vez que as mais tardias foram prejudicadas em razão de 25 dias de estiagem e as altas temperaturas registradas no mês de abril.
Produtividade - Por conta disso, a estimativa de produtividade, no geral, foi reduzida em 20% até o momento – ficando em 70 sacas por hectare, segundo projeções da Cocamar. O coordenador técnico de culturas anuais da cooperativa, para a região norte do estado, Rafael Herrig Furlanetto, explica que, além da falta de chuva, as plantas sofreram com o forte calor. Por conta disso, estão desuniformes e pendoaram com um porte bem menor, acrescenta Furlanetto, revelando que na região de Londrina – onde o ciclo é normalmente mais tardio - a situação das áreas é ainda mais crítica.
Percevejo - Em Rancho Alegre, por exemplo, não obstante a estiagem e o calor intenso em abril, os 12 mil hectares cultivados no município foram atacados severamente por percevejos “barriga-verde” e também pela lagarta do cartucho. Com isso, a estimativa de produtividade foi ajustada pela Cocamar de 95 para 69 sacas por hectare, segundo informação do engenheiro agrônomo Yoshio Bento Kumassaka Junior, da unidade local.
Aposta - Mas há quem ainda aposte em uma produtividade razoável. Uma das lavouras que sofreu menos com os problemas em Rancho Alegre foi a do cooperado, Hélvio Mariquito, de 47 anos, localizada na Água da Figueira. Os nove alqueires cultivados com alta tecnologia suportaram bem as pragas e intempéries e devem produzir bem, segundo o agricultor. “Prefiro não arriscar um número sobre produtividade, mas posso afirmar que a colheita deve ser boa se o clima se mantiver assim”, comenta o produtor, lembrando que no último ano obteve média de 145 sacas por hectare. “Se por um lado a produtividade ficará abaixo do que esperávamos, por outro o preço está bom”, finaliza.
Trigo vai bem - A previsão da cooperativa é que a semeadura do trigo seja finalizada no mais tardar na primeira semana de junho. As últimas áreas devem ser completadas nos municípios de Santa Cecília do Pavão, São Jerônimo da Serra e Congoinhas, região de Londrina. O espaço cultivado deve diminuir 30% em comparação com 2015, ficando, no total, em 100 mil hectares.
Sabáudia -Em Sabaúdia, o cooperado Jeferson Skraba, 40 anos, semeou 96 hectares de trigo. Outros 170 estão com milho e 94 receberam aveia. As variedades de trigo escolhidas foram Coodetec 150 e Tbio Mestre. No ano passado, a cultura também enfrentou problemas climáticos e Skraba obteve a média de 102 sacas por alqueire (42/hectare).
Desenvolvimento normal - No município de Maringá as áreas estão se desenvolvem normalmente até agora. O cooperado Marcelo Gaspar Pacheco dos Santos, 44 anos, cultiva 24 hectares na região da comunidade Guerra. “Nossa expectativa é colher mais que as 33 sacas por hectare da última safra, que foi prejudicada pelo excesso de chuva no final do ciclo”, lembra o agricultor.
Manejo - “Neste início de ciclo é importante que os produtores façam o manejo de pragas e doenças conforme orientação técnica, além da cobertura com nitrogênio para obter uma melhor produtividade”, observa o coordenador técnico Rafael Herrig Furlanetto. A expectativa de produtividade na região da Cocamar é de 3.000 quilos por hectare.
Fonte: Imprensa Cocamar
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