Na área de atuação da Cocamar, que compreende no Estado parte das regiões norte e noroeste, houve um aumento de 16% no espaço destinado ao produto, em comparação a 2013. Se não houver surpresas, a produtividade média esperada é de nada menos que 130% a mais que a registrada na safra anterior, segundo avaliação dos técnicos da cooperativa.

Doenças - “Devido às condições climáticas no mês de junho, com bastante chuva, aumentou o índice de doenças foliares, com o surgimento de brusone”, comenta o engenheiro agrônomo Emerson Nunes, coordenador técnico de culturas anuais. Mesmo assim, a estimativa de produtividade média é de 46 sacas por hectare, contra 20 no ano passado, quando a maior parte das áreas plantadas foram atingidas por geadas. A colheita se intensifica no início de agosto e deve avançar até o final de setembro.

Otimismo - Depois de vários anos desanimado com o trigo, o produtor Otávio Danti, de Tuneiras do Oeste, região de Cianorte, destinou 25 hectares para a cultura, semeada com a variedade Iguaçu. “Espero colher uma boa safra”, comentou Danti, com otimismo. Sua única preocupação, no momento, é que os atuais preços sejam mantidos na época da comercialização.

Safra normal- Em Serrinha, na região de Londrina, os 33 hectares de Dorival Salvadego estão vistosos e o indicativo é de uma safra normal. Ele plantou metade de trigo e metade de milho. Tradicional produtor desses cereais, Salvadego só diz lamentar a queda das cotações do milho, mas acredita em uma boa produtividade. Quanto ao trigo, espera que não chova muito de agora em diante, pois o excesso de umidade poderá afetar os grãos. A colheita do milho está prestes a começar e a do trigo só será feita em setembro.

Recebimento - A previsão da Cocamar é receber 90 mil toneladas de trigo neste ano, volume três vezes maior que a quantidade entregue no ano passado, que foi fortemente prejudicada pelo frio intenso. A expectativa em relação ao milho é que os produtores cooperados entreguem 850 mil toneladas, um recorde.