O assunto foi debatido durante o 10º Seminário de Atualização na Cultura do Eucalipto, realizado nesta quarta-feira, 20 de maio, no auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. O evento, que contou com a participação de aproximadamente 70 pessoas, foi organizado pela R&S Florestal com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

Dentre os palestrantes convidados, estava o presidente da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Walter Rezende, que apresentou um Caso de Sucesso – produção de eucalipto para uso múltiplo. Ele ressaltou a importância das várias finalidades do eucalipto e citou a empresa Goiás Flora como atuante na produção da cultura para uso múltiplo. “No início, nós plantávamos apenas mudas de eucalipto. Com o decorrer do tempo, percebemos a necessidade de gerar outros produtos dessa espécie, como quites para paletes, vigotas, caibros, ripas e tábuas”, afirmou Walter Rezende.

Produtor rural e proprietário da Goiás Flora, Walter explica que o plantio de eucalipto deve ser feito com o acompanhamento de profissionais qualificados que utilizam técnicas adequadas para uma melhor qualidade da madeira. “Hoje há um bom mercado para o eucalipto tratado e proporciona boa remuneração ao produtor”, ressaltou.

O professor do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB) e palestrante Anderson Marcos Souza falou sobre o uso de polímeros hidroretentores no plantio de eucalipto. “Os polímeros, também chamados de hidrogéis, são géis hidrofílicos capazes de absorver de 400 a 1500 vezes o peso seco. Eles são bastante usados para proteger as raízes finas contra a dessecação da planta”, explicou. Ele também esclareceu que o produto pode ser aplicado durante e semeadura, que não altera o desenvolvimento do eucalipto. O produtor deve analisar a viabilidade econômica do uso de hidrogel para redução do número de irrigações.

Além dos temas apresentados anteriormente, o encontro – que reuniu profissionais da silvicultura, produtores rurais, técnicos e estudantes – também abordou assuntos como a agenda disponível do Governo do Distrito Federal para o Setor Florestal, o manejo, colheita e condução de rebrota do eucalipto, e avaliação econômica da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).