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Castanhal lança saco de juta "Fecha Fácil"

Nova sacaria com fecho vai melhorar a produtividade da mão-de-obra empregada na embalagem de batata e cortar outros custos deste processo


Publicado em: 19/06/2013 às 08:20hs

Castanhal lança saco de juta "Fecha Fácil"

A Castanhal, maior fabricante de produtos de juta do país, lança uma nova linha de sacaria para embalagem de batata com o exclusivo sistema “fecha fácil”. Disponíveis nos tamanhos 10kg, 25kg e 50kg, a nova embalagem alia praticidade à conhecida proteção ao tubérculo proporcionado pelo fio de juta, que por ser macio e natural, diminui agressões à pele da batata.

“O fecha fácil vai dobrar a produtividade das pessoas empregadas no processo de embalagem da batata, além de eliminar custos como o de fios utilizados para costurar os sacos atuais, compra e manutenção de equipamentos de costura e energia elétrica utilizada neste processo” diz Flávio Junqueira Smith, presidente da Castanhal.

A idéia da nova linha de sacaria surgiu a partir de uma sugestão dos próprios lavadores de batata em virtude da proibição iminente da utilização dos sacos de 50kg. O Projeto de Lei 5.467 vai alterar um artigo da Consolidação das Leis do Trabalho e o peso máximo que será permitido ser carregado por homens são sacos de 30kg, e não mais de 60kg como é hoje.

Essa mudança iria obrigar as lavadoras de batatas, que utilizam sacos de 50kg, a dobrar suas equipes de trabalho para embalar os tubérculos em sacos de 25kg. Porém, com a utilização da embalagem fecha fácil, a produtividade da equipe é duplicada e as empresas conseguem manter o mesmo número de funcionários mesmo com a alteração no processo de embalagem.

“Antes era necessário costurar o saco de juta, demandando tempo e dinheiro nesse processo, agora basta puxar e amarrar o fitilho, também de juta, para fechar o saco”, explica Smith.

O fitilho de juta vai permitir que o saco de batata confeccionado nesse material continue a ser 100% biodegradável, ou seja, depois de descartados, os sacos se desintegram rapidamente sem deixar qualquer resíduo ou dano ambiental, ao contrário dos sacos de materiais sintéticos – como o clone e o nylon - que podem levar mais de 100 anos para se decomporem, provocando sérios danos à natureza.

“Alguns lotes dos novos sacos foram produzidos para os clientes que nos sugeriram as modificações e os testes foram tão positivos que aceleramos o lançamento do produto e já estamos disponibilizando para todo o mercado”, diz o executivo. A expectativa é que dentro de poucos meses todos os clientes conheçam o novo produto e só façam pedidos da nova linha de sacarias.

Veja como é fácil a utilização do “Fecha-Fácil”:



Juta, a fibra sustentável

A juta é uma fibra natural trazida do Oriente e cultivada principalmente nas áreas de várzea dos Rios Solimões e Amazonas. São áreas nas quais o ciclo anual de cheia do rio impede o crescimento natural da floresta ou a prática de alguma cultura permanente.

Como os terrenos de plantio são pequenos, o cultivo da juta é realizado todo manualmente por famílias de ribeirinhos. Atualmente, cerca de 15 mil famílias nos Estados do Amazonas e do Pará tem na juta sua única fonte de renda.

Isso faz com que essas famílias de ribeirinhos não precisem se envolver em atividades que agridam a Floresta Amazônica, como o trabalho em grandes plantações que provocam queimadas e desmatamentos. A alternativa de renda gerada por essa cultura também ajuda a fixar o homem no campo e evita o êxodo dos ribeirinhos para engrossar as favelas e periferias das grandes cidades da Região Norte.

O cultivo

O plantio da juta é realizado nas margens dos Rios Solimões e Amazonas no início da vazante. Não é necessária queimada ou qualquer outra técnica para limpar o terreno, à medida que a cheia do próprio rio se encarrega disso. A lama deixada após a vazante serve de fertilizante natural e torna desnecessária a utilização de adubos químicos.

A colheita dá-se após seis meses, quando o rio começa a subir e a juta é cortada. A planta precisa ser cultivada perto de água corrente para que possa ser “afogada” por alguns dias e assim ter separada a fibra (que vai virar tecido) do caule.

A Castanhal compra a fibra dos ribeirinhos e a transforma em tecido em sua fábrica na cidade de Castanhal, no interior do Pará. No processo de transformação do tecido são utilizados apenas aditivos orgânicos e os óleos vegetais. Isso, associado às características naturais da planta, faz com que os produtos de juta sejam totalmente biodegradáveis. Ou seja, quando envelhecem e perdem seu uso, são descartados e se desintegram completamente em menos de um ano sem deixar qualquer resíduo ou dano ambiental.

Fonte: Informação Estratégica

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