Os efeitos climáticos voltaram a afetar o desempenho dos canaviais no Mato Grosso do Sul, fazendo com que a Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul) fizesse uma baixa da estimativa de produção para a safra 2014/2015. Em abril, a previsão era que as 22 usinas em operação produzissem nesta temporada 44,3 milhões de toneladas de cana. Até agora a safra foi reduzida em torno de um milhão de toneladas.

O presidente do Biosul, Roberto Hollanda, apontou que a razão para este problema foram as geadas que atingiram os canaviais, afetando tanto a cana que estava para ser colhida como os ramos que estavam surgindo. A irregularidade das chuvas este ano também prejudicou e muito todo o cultivo, com momentos de pura escassez e outros com chuvas excessivas.

Do dia 11 ao dia 17 de setembro, o sul e o oeste de Mato Grosso do Sul registraram pouca chuva. O acumulado não passou de 10 mm neste período. De acordo com a meteorologista da Climatempo Bianca Lobo, a previsão para os próximos meses na região do Mato Grosso do Sul é de que a chuva enfim chegará. “Vai ficar acima da média para toda região, favorecendo a agricultura que começa a semear a nova safra, com temperaturas entre normal e acima da média em relações aos outros anos,” afirma.

A cana que está sendo colhida tem baixo teor de sacarose, em decorrência dos efeitos das secas e das geadas, já que a planta utiliza o açúcar armazenado como fonte de energia para voltar a crescer.

“As condições climáticas não ajudaram realmente o desenvolvimento do cultivo de cana, mas estamos confiantes que a situação mudará neste semestre”, avalia o gestor da Unidade Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Lucas Galvan. Se a previsão se concretizar, as usinas do estado devem estender a moagem que terminaria normalmente em dezembro até o mês de janeiro.

Sobre o Grupo Climatempo

O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêuticas e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.