Publicado em: 26/07/2016 às 11:05hs
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 100 pontos nesta manhã de terça-feira (26) e recuperam parte das perdas registradas nas últimas três sessões. Ainda assim, o mercado segue distante do patamar de US$ 1,50 por libra-peso, que foi conquistado na semana passada diante das incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil.
"Os preços vêm tentando sustentar o patamar de US$ 1,40/lb, mas está tudo muito ligado à questão financeira. O mercado foi acima de US$ 1,50/lb na semana passada e agora devolve um pouco desses ganhos", explicou ontem (25) o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.
Por volta das 09h39, o vencimento setembro/16 registrava 142,25 cents/lb com 115 pontos de alta, o dezembro/16 anotava 145,45 cents/lb com 125 pontos de avanço. Já o contrato março/17 estava cotado a 148,35 cents/lb com 130 pontos de valorização, enquanto o maio/17 tinha 149,55 cents/lb com 85 pontos de alta.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de Nova York estende perdas das últimas sessões nesta 2ª e se distancia do patamar de US$ 1,50/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (25) com queda de pouco mais de 50 pontos nos principais vencimentos e completaram o terceiro pregão seguido de baixa. Com isso, os preços externos da variedade já estão distantes do patamar de US$ 1,50 por libra-peso, conquistado na semana passada. Os investidores agora estão de olho no financeiro.
O vencimento setembro/16 anotou na sessão de hoje 141,35 cents/lb com queda de 55 pontos, o dezembro/16 registrou 144,50 cents/lb com 50 pontos de baixa. Já o contrato março/17 fechou o dia com 147,25 cents/lb e 55 pontos de recuo, enquanto o maio/17 teve 149,00 cents/lb com 40 pontos negativos.
De acordo com o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o mercado avançou acima de US$ 1,50/lb na semana passada repercutindo as incertezas com a próxima temporada devido as geadas registradas no cinturão produtivo. No entanto, os operadores perceberam que os prejuízos não foram tão expressivos e agora as cotações realizam ajustes.
"Os preços vêm tentando sustentar o patamar de US$ 1,40/lb, mas está tudo muito ligado à questão financeira. O mercado foi acima de US$ 1,50/lb na semana passada e agora devolve um pouco desses ganhos", explica Barabach.
O dólar comercial avançou 1,10% nesta segunda, cotado a 3,2940 na venda. Os investidores estão na defensiva à espera de importantes anúncios que acontecem nos próximos dias. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real atua como um fator baixista para as cotações, pois tende a dar maior competitividade às exportações.
Na semana passada, algumas áreas produtoras do Paraná, Minas Gerais e São Paulo receberam geadas de baixa e média intensidade que afetaram o potencial produtivo da safra 2017/18. "Tivemos na semana passada o risco de geada nas lavouras e o mercado se protegeu disso, mas acabou que elas não foram tão extensas e as cotações devolveram parte desses ganhos", afirma Barabach.
Mapas climáticos apontam que essa última semana de julho deve ser marcada pelo tempo seco e temperaturas mais altas nas áreas produtoras de café do Brasil. Nos próximos dias, uma frente fria passa pela costa do Sudeste, mas não deve trazer chuva para as áreas cafeeiras.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta segunda-feira novos leilões de venda de café para a próxima sexta-feira (29), totalizando 67 mil sacas. Os atuais preços de mercado do grão estão acima do Preço de Liberação de Estoques (PLE), ou seja, superiores a R$ 401,39 a saca.
Mercado interno
Apesar das volatilidades externas, os negócios com café no mercado físico brasileiro seguem isolados. "O produtor tem acompanhado os repiques de alta do mercado e aproveitado para fazer negócios nesses momentos. Vimos lotes sendo comercializados acima de R$ 530,00 a saca nos últimos dias. No ano passado, nessa época, o preço era de pouco mais de R$ 450,00", afirma Gil Barabach.
O tipo cereja descascado fechou com maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 560,00 a saca e queda de 6,67%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 555,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 2,93% e saca a R$ 497,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca e alta de 1,92%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) que teve alta de 3,00% e saca a R$ 515,00.
Na sexta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,45 com queda de 3,40%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou praticmante estável nesta segunda-feira. No entanto, as apreensões em relação à oferta de café robusta segue entre os operadores do mercado. O contrato julho/16 anotou US$ 1780,00 por tonelada – estável, o setembro/16 teve US$ 1785,00 por tonelada com queda de US$ 3 e o novembro/16 anotou US$ 1807,00 por tonelada com desvalorização de US$ 6.
Na sexta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 414,95 com alta de 0,19%.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias