Bovinos de Corte

Angus é opção para integração lavoura-pecuária no Paraná

O Paraná deve colaborar para que o Brasil alcance as metas estabelecidas pelo governo de elevar em 23,3% a produção e em 37,4% as exportações de carne bovina até 2025


Publicado em: 18/07/2018 às 13:20hs

Angus é opção para integração lavoura-pecuária no Paraná

A expansão passa por maior estímulo à integração da pecuária com as vastas lavouras que hoje caracterizam o Oeste e Sudoeste do Paraná e pelo aumento da eficiência das áreas do Estado. A posição foi defendida pelo gerente de fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Pivato, durante palestra realizada nesta quinta-feira (12/7) no município de Dois Vizinhos, que encerrou o Circuito Touro Angus Registrado no Paraná. O roteiro, que começou na segunda-feira (9/7) em Campo Mourão, também passou por Pitanga (10/7) e Cascavel (11/7).

O médico veterinário frisou que o futuro exigirá “que se produza mais com menos” e nessa tarefa a Angus ganhará força na região. “Angus é sinônimo de fertilidade, habilidade materna e precocidade, que nos garantem animais que entram em fase reprodutiva mais cedo, geram bezerros mais pesados, que ganham peso mais rapidamente e que também ficam prontos para abate mais cedo. Tudo isso se reproduz em eficiência, e eficiência é dinheiro no bolso”, reforçou Pivato a uma plateia de cerca de 50 pessoas que foram até o Parque de Exposições de Dois Vizinhos para conferir a palestra e participar da degustação de cortes de Carne Angus Certificada produzidos pela Cooperaliança, em Guarapuava (PR).

Atualmente, o Paraná vem ampliado o uso de genética Angus no cruzamento industrial com matrizes zebuínas, gado que caracteriza o rebanho da região. Entre os criadores, a ideia é ter uma possibilidade de receita adicional para áreas hoje exploradas com lavouras de verão e que apresentam cobertura de inverno. Presente ao encontro, o diretor da Associação Brasileira de Angus e criador paranaense Rogério Stein pontuou que a raça deve ser o caminho para elevar a receita das propriedades, reduzir custos e agregar valor às áreas do Paraná. Pontuou que é essencial à cadeia pecuária – criadores e terminadores – atuarem conjuntamente para obter produtos mais valorizados. O dirigente também representou o Núcleo de Criadores de Angus do Oeste do Paraná durante o evento, que contou com a presença do presidente da Sociedade Rural Vale do Iguaçu, Alexandre Pagnoncelli.

Durante sua palestra, Pivato lembrou como o Brasil dispõe de ampla variabilidade genética da raça e que pecuaristas que quiserem melhorar seus rebanhos precisam saber escolher o melhor touro Angus. “As pessoas perguntam por que o touro tem que ser registrado e se não podem adquirir aquele do vizinho que é preto e parece Angus? A resposta é sempre a mesma: não. Touro Angus Registrado é um animal diferenciado, que tem várias gerações conhecidas. Ele traz consistência genética e torna a produção mais homogênea”, salientou Mateus Pivato, lembrando que a influência no rebanho de um touro – seja ela boa ou má – se perpetuará por 13 anos.

Fonte: Jardine Comunicação

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