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AGROdestaque entrevista Gustavo Henrique Fideles Taglialegna

Consultor legislativo do Senado Federal, formado engenheiro agrônomo pela ESALQ, comenta os desafio da política dentro do setor rural


Publicado em: 27/01/2014 às 11:30hs

AGROdestaque entrevista Gustavo Henrique Fideles Taglialegna

O Projeto AGROdestaque divulga as contribuições que o egresso da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) realiza nas Ciências Agrárias, Ambientais e Sociais Aplicadas. Consiste em uma entrevista em formato ping-pong, na qual é possível obter informações sobre o egresso – breve currículo, demandas da área em que atua e opiniões acerca de aspectos relacionados ao mercado profissional.

Além da publicação nos sites da Escola (www.esalq.usp.br/acom/agrodestaque) e da Associação dos Ex-alunos da ESALQ (ADEALQ) (www.adealq.org.br/), o material é disponibilizado como sugestão de pauta aos veículos de comunicação da USP, de Piracicaba e região, bem como aos profissionais da mídia especializada.

Atuação profissional

Graduou-se em Engenharia Agronômica em 1999 e, após ter se formado, trabalhou no setor de política agrícola da Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda. Fez mestrado em Agronegócios na Universidade de Brasília (UnB) e especializou-se em Direito Legislativo na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Em 2001, aprovado em concurso público, foi transferido para a Secretaria do Tesouro Nacional, também do Ministério da Fazenda, para trabalhar na área de crédito rural. Em 2003, novamente por meio de concurso, assumiu o cargo de consultor legislativo do Senado Federal, na especialidade Economia e Agricultura.

A que área se dedica atualmente?

O Consultor Legislativo em Economia e Agricultura dedica-se a auxiliar os senadores na avaliação dos projetos de lei relacionados ao setor rural, além de acompanhar os fatos mais relevantes do agronegócio no Brasil e no mundo, bem como ajudar na avaliação da eficácia da política agrícola.  

Essas atividades são importantes para o mercado, pois permitem que o Congresso Nacional possa discutir de forma mais técnica e especializada as propostas que estão sob sua responsabilidade. Participei, por exemplo, da análise dos projetos da lei de biossegurança e do novo código florestal, normas que têm um impacto enorme sobre o agronegócio.

Quais os principais desafios desse setor?

Os senadores votam leis que tratam dos mais variados temas como sociais, econômicos e jurídicos, mas sua formação generalista dificultaria a discussão profunda e especializada sobre cada projeto de lei. Por isso, é importante a existência de um órgão como a Consultoria Legislativa, formada por 150 consultores legislativos, de 22 áreas do conhecimento, para analisar cada projeto de lei de forma profunda e especializada. Além disso, em meio a tantas polêmicas políticas, a opinião técnica, especializada e isenta é muito importante para a produção de leis de qualidade.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

O concurso de consultor legislativo do Senado ocorre, em média, a cada dez anos e seleciona profissionais com conhecimento amplo e aprofundado em sua área de atuação. No caso da especialidade Economia e Agricultura, o profissional deve entender muito bem o funcionamento da economia do agronegócio, conhecer as legislações de política agrícola, de crédito rural, de defesa agropecuária e de meio ambiente, além de manter-se atualizado em relação aos avanços técnicos da agricultura e pecuária.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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