Gestão

Agricultura paulista terá corte de 30% no fornecimento de água

O secretário de agricultura de São Paulo confirmou que haverá racionamento e que a situação é preocupante


Publicado em: 01/09/2015 às 18:50hs

Agricultura paulista terá corte de 30% no fornecimento de água

Após o governador Geraldo Alckmin reconhecer oficialmente a criticidade da crise hídrica, o governo de São Paulo, o governo federal e os municípios negociaram o corte de 30% no fornecimento de água para a agricultura e a indústria de algumas regiões.

A prioridade do uso da água é para o abastecimento humano, depois para áreas públicas como hospitais e, por isso, haverá cortes nos dois setores.

Segundo o secretário de Agricultura do Estado, Arnaldo Jardim, que esteve presente na abertura da Expoflora 2015, em Holambra (SP) a “preocupação é muito grande”. A norma estabelece um mínimo de vazão para cada uma das bacias. Quando o volume destas fica baixo, entra em estado de alerta. Quando essa vazão fica próxima do limite, chega ao estado de criticidade, como o caso da Bacia do Camanducaia, que abastece a região de Amparo, Pedreira, em direção a Minas Gerais.

A bacia do Alto Tietê também está próxima do limite e já preocupa as autoridades. Se chegar, a produção dehortifrutis será fortemente impactada, já que depende mais de água que outras culturas.

Nesta quinta-feira (27/8), uma forte chuva caiu em várias partes do estado. “Nesta tarde estamos tendo uma ótima chuva, que esperamos que dê um certo alívio”, almeja o secretário.

O racionamento reduzirá o limite máximo de captação de recursos hídricos dos reservatórios superficiais. Sendo assim, o produtor que hoje pode captar, por exemplo, mil litros diários, terá o limite baixado para 700 litros.

A medida não afetará o uso de água subterrânea, que tem uso liberado e ilimitado. Inclusive, o acesso ao lençol freático é estimulado pela Secretaria de Agricultura, que liberou duas linhas de crédito, uma delas para a perfuração de poços. A outra é para a modernização de maquinário de irrigação focando na redução do desperdício, podendo dessa forma “fazer menos com pouco”, segundo comentou Jardim.

Ainda não há datas para o início nem fim do racionamento. “Nós achamos que é ruim para os agricultores. Iremos apoiar e orientar no que diz respeito a alternativas de culturas, mas esperamos que o período seja passageiro”, declara.

Fonte: Globo Rural

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