Publicado em: 01/08/2014 às 17:40hs
A ADM (Archer Daniels Midland), gigante do agronegócio mundial, está oficialmente autorizada a utilizar seu terminal portuário de uso privado, conhecido como Terminal de Ponta da Montanha, situado na região de Barcarena, a 20k de Belém (PA). A instalação, especializada na movimentação e escoamento de grãos, como soja e milho, tem capacidade para movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas na primeira fase da operação, podendo atingir até 6 milhões de toneladas de grãos na segunda fase, até 2016. Os primeiros caminhões já começaram a desembarcar a soja.
O ato declaratório executivo nº 9 da Superintendência Regional da Receita Federal da 2ª Região Fiscal, que autoriza a operação do terminal e de todas as operações aduaneiras recorrentes da atividade portuária, de forma ininterrupta e por prazo indeterminado, foi publicado na edição de hoje (30/07) do Diário Oficial da União.
Primeiro Contrato via Nova Lei dos Portos
No final de junho, a ADM já havia sido autorizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a utilizar oficialmente seu terminal portuário. Na ocasião, a autorização foi concedida por meio de um novo contrato de adesão celebrado entre Antaq e ADM, e que foi o primeiro para instalação de um terminal portuário privado assinado dentro das regras da nova Lei dos Portos - Lei 12.815, de 2013.
Com as licenças, a ADM passará a utilizar o Terminal de Ponta da Montanha para o escoamento de grãos provenientes da região Centro-Oeste do Brasil e de outras regiões, tal como Maranhão, Piauí e Tocantins. Adquirido em 2012 pela ADM, o terminal de Barcarena foi adequado para operar graneis de origem vegetal.
A ADM possui um plano logístico baseado na multimodalidade do transporte. A empresa conta com parceiros de terminais de transbordos e transporte fluvial nas rotas de Porto Velho (RO), via Rio Madeira, até Barcarena, e também está finalizando um novo projeto logístico na região de Miritituba e Marabá, onde utilizará a hidrovia pelo Rio Tapajós e Tocantins.
“Nossa previsão é transportar 80% do nosso volume por hidrovia e 20% por rodovia, até a construção do trecho ferroviário que ligará Açailandia (MA) à Barcarena (PA)”, afirma Ronaldo Soares, diretor de logística da ADM, ao observar que o terminal de Barcarena será um dos poucos no Brasil a contar com interligação de hidrovia, ferrovia e rodovia.
Em comparação à tradicional rota de escoamento de grãos via Porto de Santos (SP), a ADM prevê ganho de tempo, distância e amplitude geográfica da originação de grãos para o escoamento via Barcarena, com redução estimada de até 34% nos custos de frete.
Fonte: GPCom Comunicação Corporativa
◄ Leia outras notícias