Frigoríficos e Abatedouros

Abate de bovinos cresce 37,5% em MT; resultado é o melhor em 10 meses, diz Indea

Em junho deste ano, mais de 465 mil cabeças de gado foram abatidas no estado. Segundo o Indea, aumento significativo em relação a maio é reflexo da greve dos caminhoneiros em todo o país


Publicado em: 18/07/2018 às 16:00hs

Abate de bovinos cresce 37,5% em MT; resultado é o melhor em 10 meses, diz Indea

Mais de 465 mil cabeças de gado foram abatidas em Mato Grosso em junho deste ano, número que representa crescimento de 37,5% em relação ao mês de maio deste ano, quando 338,3 mil bovinos foram abatidos, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT).

De acordo com o boletim, esse é o melhor resultado apresentado pelo estado desde agosto de 2017 e também representa aumento de 15,9% em relação ao mês de junho do ano passado.

O aumento expressivo, conforme o instituto, já era esperado diante da greve dos caminhoneiros que resultou no bloqueio de rodovias em todo o país, durante a segunda quinzena do mês de maio.

“Esse resultado já era esperado, visto que os animais que não foram entregues aos frigoríficos no mês anterior foram realocados em junho”, diz trecho do relatório feito pelo Indea e divulgado no último boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

De acordo com o Indea, a seca também contribuiu para o aumento nos abates, uma vez que é um fato que tem afetado a qualidade e a quantidade das pastagens, levando os produtores a reduzirem a lotação de animais no pasto.

“Diante disso, os frigoríficos estão com a escala bastante confortável, perto de sete dias”, diz trecho do relatório.

Rebanho e exportação

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, com 29,7 milhões de cabeças de gado contabilizadas em 2017, mas tem enfrentado queda significativa nas exportações após a greve dos caminhoneiros.

Conforme os dados do Imea, em junho deste ano, o estado teve o pior desempenho financeiro para o mês desde 2004, com apenas 9,4 mil toneladas exportadas contra 22 mil toneladas enviadas no mesmo mês, em 2017 – uma queda de 57%.