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Tomate BR: A nova associação que busca valorizar a indústria de molhos de tomate no Brasil

Entidade representa 85% do mercado de tomates industrializados e visa melhorar a qualidade dos produtos nacionais


Publicado em: 26/04/2024 às 09:00hs

Tomate BR: A nova associação que busca valorizar a indústria de molhos de tomate no Brasil

Uma nova associação, a Tomate BR, foi criada com o objetivo de alavancar a categoria dos molhos de tomate no Brasil, elevando a qualidade e padronizando os produtos nacionais. Reunindo 85% das empresas que atuam no setor, a associação visa também divulgar os benefícios nutricionais desses produtos e promover práticas sustentáveis e de segurança alimentar.

A Tomate BR representa um setor que emprega cerca de 130 mil pessoas, com empresas concentradas principalmente em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A entidade, que reúne empresas relevantes do mercado brasileiro de atomatados, busca padronizar a qualidade dos produtos e tornar a indústria mais competitiva e transparente para o consumidor.

"Atualmente, a falta de uma regulação clara na indústria de produtos à base de tomate impede uma padronização efetiva. Não há, por exemplo, uma norma que estabeleça a quantidade mínima de tomate necessária em cada embalagem de atomatado. Como resultado, alguns produtos têm comprometido a qualidade, o teor nutricional, a textura e o sabor", explica Vlamir Breternitz, diretor da Tomate BR. "Queremos mudar essa realidade, garantindo ao consumidor final mais transparência sobre o conteúdo de cada produto", completa.

Para abordar esses desafios, a associação planeja implementar um selo de Padrão de Identidade de Qualidade (PIQ), certificando as empresas associadas e atestando a qualidade dos processos produtivos. "Com esse selo, buscamos padronizar a quantidade de tomate por embalagem, garantindo maior transparência e valorizando os produtos aos olhos do consumidor", ressalta Breternitz.

A Tomate BR é a primeira associação no Brasil a defender a categoria de atomatados, um setor de grande relevância para o agronegócio e para os consumidores brasileiros. A entidade também integra o World Processing Tomato Council (WPTC), uma organização internacional que representa as indústrias de processamento de tomate em todo o mundo.

Apesar do Brasil ser o nono produtor mundial de tomate industrial, o país não é autossuficiente na matéria-prima para atomatados, importando uma parte significativa do insumo. O segmento enfrentou desafios na safra de 2023, como oscilações climáticas e falta de maquinário para atender ao crescimento da demanda. A previsão para 2024 é alcançar números próximos aos de 2022, com aumento na área plantada e maior produtividade por hectare.

"Além dos desafios de oferta e demanda, o mercado de atomatados é sensível à situação econômica do país, o que pode impactar o consumo e, consequentemente, as operações industriais", alerta Breternitz. "Nosso trabalho será reposicionar a categoria, garantindo também a rentabilidade do setor para equilibrar os custos de produção", finaliza o diretor da Tomate BR.

Fonte: Portal do Agronegócio

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