O impacto da COVID-19 repercutiu nas economias mundiais, deixando um rasto particularmente notável em sectores críticos como o turismo, e o Brasil não foi exceção. Em 2020, as chegadas de visitantes a este destino paradisíaco caíram drasticamente, com uma queda alarmante de cerca de 62% em relação aos anos anteriores. 

A pandemia deixou o sector do turismo numa encruzilhada, com destinos icónicos como o Rio de Janeiro e a Amazônia desolados, e cidades inteiras dependentes da indústria mergulhadas na incerteza económica.

No entanto, com o abrandamento das restrições e o reforço gradual da confiança do público, o Brasil registou uma recuperação significativa das chegadas de visitantes internacionais. 

Este ressurgimento não só é vital para a estabilidade económica do país, como também salienta a importância do turismo como motor do desenvolvimento nacional, gerador de empregos e promotor da diversidade cultural.

Neste contexto, em 2023, a economia brasileira atingiu um marco significativo ao registar uma receita recorde de 6,9 mil milhões de dólares devido à visita de turistas internacionais, um valor que não era visto desde a Copa do Mundo de 2014. De acordo com o governo, esses ganhos foram 1,5% superiores aos obtidos durante o evento desportivo, marcando um momento histórico para o setor.

Esse crescimento é atribuído, em parte, à ampla oferta de voos para o Brasil, que igualou o número de 2019 com 64.800 voos, superando em 40% a oferta do ano anterior. Com o sucesso alcançado em 2023, o novo Plano Nacional de Turismo estabelece uma meta ambiciosa para 2027: atingir receitas de US$ 8,1 bilhões.

Dados do Banco Central, divulgados pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), revelam um impressionante aumento anual de 41% nas receitas do turismo internacional, superando as expectativas do governo de um aumento de 8,58% para o ano.

Este crescimento é atribuído em parte à ampla oferta de voos para o Brasil, que igualou o número de 2019 com 64.800 voos, superando em 40% a oferta do ano anterior. Com o sucesso alcançado em 2023, o novo Plano Nacional de Turismo estabelece uma meta ambiciosa para 2027: atingir receitas turísticas internacionais de US$ 8,1 bilhões.

Na mesma linha, segundo a Embratur, em parceria com o Ministério do Turismo e a Polícia Federal, o país teve um aumento de 62% na chegada de turistas internacionais em 2023 em relação ao ano anterior. Esse número equivale ao número de visitantes que o Brasil recebia antes do início da pandemia.

Durante os últimos 12 meses, chegaram um total de 5.908.341 visitantes estrangeiros, superando em 3% a estimativa da Organização Mundial do Turismo (OMT) para o país. Esse número também representou um aumento de 62,7% em relação ao total de turistas registrados em 2022, quando o número foi de 3,6 milhões. Vale lembrar que, em 2019, o Brasil recebeu 6,3 milhões de estrangeiros.

"Estamos muito próximos de atingir os números pré-pandemia e com o conjunto de ações e programas que o Ministério do Turismo tem vindo a colocar em prática no âmbito da estruturação e promoção dos destinos, vamos ultrapassar em 2024 o número de turistas internacionais de 2019. 

O que é ainda mais importante é aumentar o ticket médio e o valor total deixado pelos estrangeiros em nosso país e é nisso que estamos trabalhando", afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

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É importante destacar que a Argentina continua a ser o principal país de origem dos turistas, com 1,9 milhões de visitantes que representam 32% do total, um valor que equivale a 96% do total para 2019.

Segue-se os Estados Unidos com 668.500 turistas (11%), o Chile com 458.500 (7,7%), o Paraguai com 424.500 (7,1%) e o Uruguai com 334.700 (5,6%). Da mesma forma, o transporte aéreo destacou-se como a principal forma de acesso, registando 3.794.260 chegadas, seguido do transporte terrestre, que totalizou 1.923.243.

A este respeito, é de salientar que, no ano passado, a chegada de turistas chilenos estabeleceu um recorde histórico, consolidando-se como o mais elevado registado até hoje, o que voltou a colocar o país no terceiro lugar entre os principais emissores, ultrapassando o Paraguai e recuperando a posição que ocupava até 2018. 

Apesar disso, as chegadas do Paraguai também registaram um crescimento notável, atingindo o melhor resultado desde 1999, quando o número de turistas provenientes deste país ascendeu a 501.000.

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Os estados com maior número de turistas foram São Paulo, com 2.107.179 chegadas; seguido pelo Rio de Janeiro, com 1.192.814; Rio Grande do Sul, com 1.000.909; Paraná, com 791.536; e Santa Catarina, com 288.429. 

Vale ressaltar que a atração de turistas nesses destinos não só impulsiona a economia local, como também pode influenciar positivamente setores como a hotelaria e o crédito pessoal, ao estimular a atividade comercial e a demanda por serviços.

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, afirmou: "O interesse pelo Brasil voltou graças à mudança de governo e à consequente mudança de rumo na nossa política ambiental, de respeito à democracia e aos direitos humanos. Passamos de inimigo da humanidade a melhor destino de ecoturismo do planeta. Esse resultado significa a geração de emprego e renda em todo o país, numa atividade econômica que só faz bem ao Brasil".

A atração dos carnavais

Os carnavais do Brasil representam uma atração turística inigualável que atrai todos os anos milhares de visitantes de todo o mundo. Com os seus deslumbrantes desfiles de samba, música vibrante, trajes coloridos e uma atmosfera de celebração contagiante, cativam os corações e as mentes de quem procura uma experiência cultural única. 

Do emblemático Carnaval do Rio de Janeiro às festividades em Salvador, Recife e outras cidades, o país oferece uma variedade de opções para as pessoas que desejam mergulhar na alegria e na energia da festa.

Para este ano, houve um incremento de 4,5% no número de visitantes internacionais, totalizando 228,8 mil turistas estrangeiros, e eles injetou US$ 143,5 milhões (mais de R$ 900 milhões) na economia brasileira, valor 6% maior do que a receita registrada em 2019, antes do impacto da pandemia.

Além disso, segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, mais de 49 milhões de pessoas curtiram das festividades que ocorreram todos os cantos do Brasil, e a CNC previu uma movimentação de R$ 9 bilhões com as festas do período 

A verdade é que os carnavais ocupam um lugar muito importante na vida dos brasileiros, como revela uma pesquisa realizada pela Statista Consumer Insights em outubro de 2023, que revelou alguns dados interessantes sobre a forma como a festa é vivida no país.

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Uma percentagem significativa dos entrevistados (42%) considera que o Carnaval é um elemento cultural muito importante para o Brasil. Além disso, 28% dos consultados manifestaram o seu apreço pela presença de turistas durante as celebrações, enquanto pouco mais de um quarto dos participantes (27%) afirmou que planejam as suas férias especificamente para aproveitar estas datas.

Por outro lado, 26% dos entrevistados indicaram gostar das decorações e fantasias associadas à festa, enquanto 12% admitiram viajar para lugares especiais para participar das celebrações. 

Estes dados refletem a diversidade de eventos e festas que se realizam nas diferentes regiões do Brasil, cada uma com as suas próprias tradições e singularidades, evidenciando a riqueza cultural e a paixão que envolve o carnaval brasileiro.

FONTES

• Banco Central
• Plataforma Digital O Melhor Trato
• Ministério do Turismo
• Empresa Brasileira de Turismo